sexta-feira, 31 de outubro de 2014

12 horas atrás.

Alguém sabe me explicar porque algumas pessoas aparecem na nossa vida exatamente quando precisamos delas? E quem acreditaria que se pode encontrar alguém aparentemente perfeito entre milhares de pessoas? Eu não.
Mas foi assim. Foi maquiagem de última hora, internet que não contribuía, foi um falar muito e ter coragem para fazer pouco, foi o medo e a consciência de que a minha foto não me representa e o temor de o mesmo acontecer com você. Foi também um bar que ninguém sabia como chegar, quatro cervejas que custaram demais e horas de conversa que passaram mais rápido do que eu gostaria. 
Tua camisa xadrez, teu jeito de andar, tua forma calma ou nada calma de falar. Todo o carinho que recebi, toda a satisfação que eu não sentia a muito tempo. Foi dormir, sonhar e acordar pensando que eu queria você um pouquinho mais. Foi um elevador que demorava para subir. Foram mensagens e fotos que vou guardar com cuidado.
Foi uma tarde na praia com vontade de entrar no mar. Foi sentar na areia ao seu lado e sentir que eu não precisava de mais nada. Foi churros, beijos, mãos dadas, carícias e palavras bonitas que não acabaram mais. E foi aquela sensação de que a cada minuto estava mais perto do fim. E eu não queria que o fim tivesse chegado.
Agora que acabou, não consigo esquecer de você e eu quase mudos no seu quarto, numa realidade que eu sempre tive, mas com uma diferença: vontade. E foi muita vontade. Vontade de quero mais, de ficar, de te levar comigo. Foi também medo. De não se encontrar mais. De acabar naquilo, de não ter sido sincero. Foi tudo intenso, tudo em menos de 48 horas. 

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