segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Sobre a autoestima

Sempre vivemos altos e baixos lado a lado. Ausente ou presente comigo, ela sempre se mostrou necessária. Me questiono sempre o por que disso e, porque, nas horas em que estou fragilizada, ela é a primeira a desaparecer.
Invejo aqueles que não dependem dela, ou os que a buscam com menor frequência do que eu. Questiono como posso chegar a algum patamar semelhante. Me pergunto também se a necessidade por ela sempre esteve comigo, ou se a desenvolvi em determinado momento da minha vida.
Junto com essas questões, sempre me pergunto como satisfazê-la. O que mudar de mim para ter minha autoestima de volta. O que fazer? como viver? como andar? o que vestir? que corte de cabelo ter? Eu sei que ela não está em pontos específicos, mas sim, em todo um conjunto de ações, momentos e sentimentos. Mesmo assim, crio em mim uma busca incansável por ela. E nunca a alcanço.
Hoje não sei quem sou, o que quero, para onde vou, quem vai ao meu lado. Por alguma razão, acho que minha autoestima ajudaria a superar essas incertezas. Ou mesmo, com ela eu poderia passar por elas com mais classe, disfarçando as bads que existem aqui.
Disfarçar. É exatamente o que minha autoestima faz. Ela encobre a dor, a dúvida, as marcas de incerteza que passo. Deixa o exterior belo, impenetrável para o outro que vê o mais fragilizado.
Assim, finjo estar bem e posso, então, evitar situações desagradáveis. Superficialmente, assim, ela me cura.
Hoje não sei a solução para minhas dores, mas acho que minha autoestima também não. Mas ser superficial certamente não é.



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