sexta-feira, 25 de julho de 2014

Querer o desconhecido

Decidi o que eu sempre soube. Decidi que, se é mesmo impossível ser feliz sozinho, na minha vida eu não quero depender de poucas pessoas para encontrar a felicidade. Não quero que ela esteja relacionada a presença de meia duzia de amigos e um namorado. 
Quero não me machucar de saudade de poucas pessoas, nem acumular dores de sentimentos não recíprocos ou relacionamentos recém acabados. Não desejo exigir muito daquelas pessoas que eu prezo. 
Eu quero muita gente, muito conhecimento, muito amor. Gostaria de conhecer a cada dia alguém que pudesse, nem que fosse por um dia ou meia hora, acrescentar alguma coisinha na minha vida. Não quero que as pessoas que ficam ao meu lado em curtas ocasiões sejam todas anônimas.
Poder acrescentar alguma coisa às pessoas que passam pela minha vida e também guardar uma lição delas. Se elas puderem continuar ao meu lado, muito bem. Mas se não, tá tudo ok também. Não precisa ficar. Não precisa ser um grande amor. Só precisa ter algo a dizer. 
O que não quero é me sentir sozinha. Quero gente perto de mim que me queira por perto. Se for só com um sorriso, que seja. Quero ter mil opções de pessoas para mandar um bom dia e quero poder receber um bom dia de qualquer uma entre mil pessoas. Quero gente que aparece na minha vida sem eu esperar, quero gente que se importe quando nem ao menos tem motivos.
Quero ter histórias para contar, quero guardar sugestões que ouvi de não sei quem. Quero mais repertório. Quero lembrar daquele cara que me passou o número de celular no metrô e não paramos de conversar por um mês. Não precisa aparecer de novo, mas pode sim mudar um pouquinho minha vida me trazendo boas lembranças, porque as pequenas demonstrações é que me fazem feliz. 

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