quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Quero você só pra mim

Escrevo em 2018 essa frase de 2015. A última vez que nos encontramos. Quando eu devia ter feito esse texto, ao invés de hoje.
Te reencontrar no presente tem feito eu ressignificar nossa breve história em 2015. Eu, que sempre me senti como apenas mais uma de uma longa lista sua, me vi agora como alguém de quem você se recorda. Eu amei que você lembra de mim e de pequenos detalhes da nossa rápida experiência juntos. Isso significa tanto.
Eu me lembro de alguns recortes. O bombom de morango, o beijo no meio da última festa, a coroa de flores, a pizza no primeiro dia, terça-feira, te ver indo embora para o ponto de ônibus, assistir O Grande Hotel Budapeste em lágrimas na sensação que eu não poderia te ter. Te reencontrar no ônibus. Ter medo de te reencontrar de novo.
E agora, você me diz que sempre foi interessado por mim.  Meu coração descongelou. Eu quero acreditar, mas outra parte de mim tenta me convencer que tudo isso é balela e que eu já te conheço.
Na minha versão da história, tudo acabou em um domingo, na minha volta de Diamantina, quando te convidei para dormir comigo. Eu só queria te encontrar no fim do dia. Você nunca respondeu. Na sua versão da história, eu fiquei de te avisar depois de voltar de BH, o que eu aparentemente nunca fiz. Qual a verdade? Eu preferiria que fosse a sua.
Eu peço para a Lívia de 2015 não retornar aos meus pensamentos. Suplico para que eu não me boicote antes de tentar viver ao seu lado de novo, continuando essa história que talvez eu interrompi por medo ou que talvez você interrompeu por desinteresse.
Afinal, quem é você? O que é isso que estamos vivendo?
Não consigo ao menos colocar em palavras para explicar o que sinto por você.
Só te peço que seja sincero.

Escutando Just a little bit of your heart e tentando supor se eu me lembrava de você quando ouvia essa música.

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