domingo, 3 de novembro de 2019

Closure: o encerramento que eu evitei

Tentei jogar conforme a sua. Sumir, me calar. Tentei "pegar minha dignidade e ir embora", que foi a frase que mais disse nesses últimos dois meses, mas essa não sou eu.
Eu tenho amor dentro de mim. Eu sei a importância do diálogo e não vou abrir mão dessa honestidade só porque alguém não a tem. Eu ofereço ao mundo o que eu tenho e tá tudo bem que o mundo não possa me retribuir com o mesmo.
Eu quero a leveza de uma coisa bem resolvida, a leveza de ter dito como me senti. Eu quero treinar minha habilidade de me expressar e de ver também em mim responsabilidade pelos problemas da minha relação.
Hoje pode até se tornar um dia de mais lágrimas, saudade, um pouco de tristeza. Talvez seja preciso reavivar esse sofrimento antes de abandoná-lo. Mas eu preciso desse dia e essa experiência. Mereço esse encerramento e queria que ele também sentisse que isso é importante. Talvez seja, nunca vou saber. Mas se isso me deixar melhor, já valeu a pena.

Meu medo eram as expectivas que eu tinha. No mundo romântico e ideal, essa conversa seria seguida de uma declaração de amor. Não é o caso. Mas por hora, talvez baste você dizer que sente carinho, que lembra de mim e que eu não sou descartável. Talvez isso seja eu aceitando migalhas, mas é o que tenho.
Agora sim, posso dizer obrigada. Posso tentar seguir. Posso sentir que passei a responsabilidade para você, porque a minha eu já pedi desculpas, já explicitei, já esclareci. Obrigada por nós. Vou morrer de saudade.

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