segunda-feira, 22 de abril de 2019

Passível de ser amada

Ultimamente a expressão "passível de ser amada" tem vindo muito a minha cabeça. Primeiro porque acredito que quase todo mundo é passível de ser amado. Até algumas pessoas cruéis. Afinal, deve haver alguém no mundo que as ama mesmo com certas questões.
E, segundo, porque eu não me sinto dentro desse grupo de "quase todo mundo". Eu acho sim que as pessoas podem me amar, se tornar minhas amigas, me ter como um amor: mas nunca o suficiente.
Me sinto passageira, descartável, pouco, desinteressante.
As pessoas me deixam, os amigos se afastam, as relações se repetem. Esvaecem.
Eles vão gostar de mim, mas não o suficiente pra quererem ficar na minha vida. Eles vão embora. E não é "eventualmente", como as relações funcionam de forma natural, mas eles simplesmente vão sair um dia na minha vida. Geralmente um dia que nem faz sentido. Que eu nem sabia que essa relação ia mal.
O que escrevi ontem é idêntico ao que escrevi em janeiro deste ano. E aquele texto foi o último sobre ele. Porque foi ali que tudo desabou, que ele me disse que minhas expectativas eram distintas das dele. Embora eu nem tivesse expectativas claras. Mas ele tinha as dele.
Quando eu assumo para mim que eu gosto de alguém, é quando tudo desaba.
Será que não estou vendo alguns sinais? Será que estou desesperada? Será que estou fazendo isso acontecer ao jogar essa negatividade e elas voltarem pra mim?

Eu preciso me bastar. Eu preciso ser passível de ser amada por mim mesma primeiro.

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