Tenho pensado muito esses dias como eu inconscientemente gerencio minha vida de forma solitária. Organizo meus compromissos pensando só em mim, cozinho pensando só em mim. A interferência de outras pessoas na minha rotina é de grande incômodo e eu nem percebo.
Sei que, por um lado, não foi uma escolha pessoal viver tão sozinha. Eu me adaptei a essas condições e ela é hoje meu ambiente de conforto. Ao mesmo tempo, me sinto extremamente incomodada quando me vejo em situações nas quais preciso ceder, conviver com os outros ou seguir regras alheias que interferem na minha rotina.
No meio disso, tento pensar como e se eu quero inserir pessoas na minha vida e em minha rotina. Eu quero mesmo morar com alguém? Eu quero mesmo estar perto da minha família e inserir os compromissos deles na minha vida? Eu quero mesmo um namoro que faça com que eu adapte e ceda a minha rotina pelo bem estar comum?
A resposta é simples: não. Eu me incomodo com essas interferências e talvez seja por isso que eu estou sozinha. Se eu quero deixar de estar sozinha, preciso buscar o equilíbrio entre permitir que algumas pessoas façam parte da minha vida sem que eu perca controle de mim ou desrespeite minhas necessidades.
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