sexta-feira, 10 de abril de 2020

O que não vivi (ainda mais) intensamente

Me lembro sempre do final de semana no sítio. Especificamente, do frio que senti na beira da cachoeira. Sinto arrependimento. Em meio daquele final de semana perfeito, eu não mergulhei de cabeça na cachoeira. Na ocasião, culpei o frio. Hoje, eu só queria voltar no tempo e ter nadado o máximo de tempo de possível com você.
A cachoeira não é a única lembrança que eu queria mudar. Queria ter cozinhado uma carne mais gostosa no dia que almoçamos risoto. Todo risoto, atualmente, me lembra de você. Queria não ter dormido tanto naquele sábado na sua casa. Pra gente conseguir comer o hambúrguer que você queria me apresentar. Pra eu poder olhar pra você por mais tempo. Pra eu viver um pouquinho mais ao seu lado.
Me sinto triste por não ter vivido ao máximo tudo o que eu pude ao seu lado. Ou será que vivemos? Queria ter mergulhado fundo, literalmente e metaforicamente. Era possível mergulhar ainda mais na nossa relação?
Se a resposta é não, isso significa que vivemos tudo o que poderíamos? Sinto que vivemos TÃO intensamente. Ao mesmo tempo, me parece tão pouco. Eu fui tão pouco pra você? 

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